Pintura Rupestre em Portugal (A Batalha do Côa):

Tudo começa em 1949, quando a Hidroeléctrica do Côa apresenta um resumo do plano geral previsto para o aproveitamento hidroeléctrico da bacia do Rio Côa.(...) No estudo de impacto ambiental, realizado em 1989 pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, afirma que a albufeira "vai submergir todo um universo de estruturas e vestígios que documentam sucessivas etapas de povoamento da região".
No entanto, o futuro das gravuras está ainda hoje por decidir. Quem pagará a sua preservação, agora que o projecto de barragem foi suspenso? Que acontecerá quando a opinião pública esquecer as gravuras? O cidadão comun terá acesso às gravuras ou elas seram vedadas num parque arqueológico, reservado aos cientistas? Como é que vão contribuir para o desenvolvimento da região? São perguntas que ficam por responder.

A Arte rupestre:

Na vida do Homem pré-histórico tinham lugar a Arte e o espírito de conservação daquilo de que necessitava. Estudos arqueológicos demonstram que o Homem da Pré-História (a fase da História que precede a escrita) já conservava, além de cerâmicas, armas e utensílios trabalhados na pedra, nos ossos dos animais que abatiam e no metal.

Arqueólogos e antropólogos datando e estudando peças extraídas em escavações conferem a estes vestígios seu real valor como "documentos históricos", verdadeiros testemunhos da vida do Homem em tempos remotos e de culturas extintas.